sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Brazil, Bolsonaro e Lula.

A grande desonestidade do caso é que a militância, em larga medida, comparou Bolsonaro a Lula, equiparando-os em termos de ética e moralidade.  Isso é conveniente ao discurso petista, pois, na percepção do eleitor brasileiro médio, “todos são igualmente corruptos”, ao passo que a grande marca de Jair é que ele seria incorruptível. O eleitorado costuma se levar mais por narrativas que por fatos, e narrativas o PT sabe criar muito bem. Afinal, igualar um político como Bolsonaro – que, ao menos até o presente momento, nem sequer possui uma investigação administrativa contra si por lavagem de dinheiro – a Lula, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e réu em meia dúzia de ações penais, só faz sentido no universo petista.

Ainda assim, não foi a grande imprensa que comparou ambos, foram os eleitores de Lula e parcela de militantes contrários a Bolsonaro, que já não votariam nele de qualquer forma. Vale dizer que a vida de todos os candidatos à presidência precisa ser revirada e investigada a fundo. O período pré-votação é o momento em que devemos testar os políticos, e é natural que quem venha se destacando nas pesquisas eleitorais atraiam maior atenção da mídia. Além disso, centenas de escândalos de corrupção foram revelados inicialmente pela imprensa – e não pelo Ministério Público ou Polícia Federal. Não à toa, mais de 90% dos brasileiros consideram a mídia como um instrumento anti-corrupção.

De fato, parcela da imprensa de fato é tendenciosa com Jair Bolsonaro, mas como mandatário de um cargo público e presidenciável que é, ele não pode se furtar a prestar esclarecimentos à sociedade sobre quaisquer questões que sejam levantadas, e isso inclui não selecionar a quais veículos responder.

terça-feira, 14 de julho de 2015

VERGONHA SPC X CASA X VIDA

Hoje senti talves a pior vergonha da minha vida minha esposa fez uma cirurgia no dente e o medico receitou frutas e liquidos gelado so que me deparei com a seguinte situacao os unicos 20 reais e 75 centavos que tinha eram pra gasolina e com a mistura do almoco e janta ai tive que covpra as frutas dela e a gente eu e meus filhos nos virarmos estou aqui a noite trabalhando neste sereno e essa ventania pra pagar contas e sustentar a casa. tudo isso se o spc fosse um servico sim de protecao ao credito e nao um servico de humilhacao ve a cara dos filhos querendo comida e vc nao da porque nao pode se eu devo a caixa porque nao posso pedir um cartao de credito a visa ou a master nenhum banco me empresta se nao tinha ja quitado a divida nao tenho culpa se fiquei desempregado e as dividas so aumentaram hoje so posso fazer compra a vista e ai como fico ou compro comida e aluguel ou as dividas solucoes nao aparecem ,,,e aparecem as ruins como roubar ah isso nao mas vergonha nao quero ver na cara deles dos meus filhos ja basta por hoje mas ate quando o spc vai me humilhare a outros que querem pagar mas colocam dificuldades passo parte da noite nesses sites de ptc pra ganhar 0.0001 ja tentei emprestimo e cai num golpe de quase 500 reais outro baque pra minha vida  e hoje to sem Rumo 

quarta-feira, 8 de julho de 2015

sex sexo de onte hoje e sienpre

Sexo já não assusta ninguém

"Salô ou os 12 Dias de Sodoma", que Pier Paolo Pasolini (1922-1975) concluiu em poucas semanas antes de morrer assassinado, finalmente chega às telas brasileiras. Após duas exibições na Mostra Internacional de Cinema, que o crítico Leon Cakoff organiza em São Paulo, foi adquirido pelo grupo Fama Filmes e teve sua estréia nacional em Curitiba. O filme mais escatalógico e chocante da história do cinema - em que pese em sua visão a crítica de seu autor - foi exibido por um mês (Cines São João / Bristol) e não provocou qualquer protesto. "A Última Tentação de Cristo", de Martin Scorcese, precedido de toda a polêmica, estreou há um mês no Condor (agora está no Lido II) e não atraiu ainda nem cinco mil pessoas - um fracasso de público, ao contrário do que se esperava. "Laranja Mecânica" (Clockwork Orange, 1971), de Stanley Kubrick, proibido por tantos anos - e cuja liberação no Brasil só foi permitida com ridículas bolas pretas sobre os sexos dos personagens nas cenas em que aparecem nus, voltou agora em sua versão original (sem as bolas pretas) e não teve público que fizesse com que o simpático Aleixo Zonari o mantivesse ao menos por duas semanas no Bristol. Há muito que os cines poeira que exibem filmes pornográficos tem rendas baixíssimas - embora as sessões de filmes "hard core" das locadoras, sejam as mais procuradas - especialmente por elegantes senhoras das classes "A" e "B" que, nas suas alcovas, com maridos (ou amantes) curtem o sexo explícito das imagens - antes confinadas nas redes internas de vídeo dos motéis. E lembrar que há 15 anos, quando Cláudio Manoel da Costa começava no jornalismo, a Polícia Federal invadiu o pioneiro 007, nas proximidades do aeroporto, porque um casal "indignado" por ali assistir um filme de sexo explícito, "denunciou" o motel aos federais... Estes dados, aleatoriamente que vêem na memória, comprovam a mudança de comportamento do público - e também do cinema - nesta década e meia, que hoje, em edição especial, o colega Cláudio rememora a propósito de seus 15 anos de jornalismo. O fim da inocência, o cansaço do sexo - Há muito que o cinema perdeu sua inocência - como se pode comprovar na ingênua e bela amostragem "Before Hollywood", organizada pela American Federation of Arts e que chegou a Curitiba (5 a 11 de dezembro, Sala Brasílio Itiberê) graças ao empenho de Valêncio Xavier, diretor do nosso Museu da Imagem e do Som. O cinema espontâneo e mágico, que no início do século era a maior invenção, se transformou a cada década - mas seria nestes últimos 20 ou 15 anos que teria a mudança mais radical. Se a televisão, no início dos anos 50, nos EUA, provocou a grande crise nas salas de exibição - levando o cinema americano, a exemplo do europeu, buscar temas mais adultos e que tivessem uma identificação com o público - foi justamente um cineasta com a alma de criança, Steven Spielberg, que a partir de "ET" - agora a disposição em vídeo - que conseguiu repovoar as salas de exibição. A mágica do cinema - na tela ampla, num aprofundamento uterino que Freud pode explicar em seu sentido de recolhimento - e a propósito, o arquiteto (e cinéfilo) Eduardinho Guimarães tem uma bela tese a respeito - esvaziou-se frente ao conforto do videoteipe. O desconforto, os cinemas sujos e com projeção defeituosa em tantas cidades (em Curitiba, felizmente, tanto a Fama como a CIC preocupam-se com a boa qualidade em suas salas), os ingressos a Cz$ 1 mil (o que está custando a locação de um filme, em vídeo, que pode ser visto por toda a família), e, especialmente, a falta de segurança para se ir ao cinema, são alguns dos fatores que ajudam a explicar o esvaziamento cada vez maior das salas e a queda nas bilheterias. Há, realmente, os cinéfilos - e nestes eu me incluo - que preferem o cinema na tela ampla, mas o fato é que a grande maioria opta cada vez mais pelo vídeo - e a prova disto está no crescente número de locadoras e distribuidoras - com ofertas cada vez mais atraentes em títulos - inclusive filmes de arte ou produções que nem chegam aos circuitos comerciais. Um exemplo disso é "My Beautiful Laundretti", do inglês Stephen Frears, que recebeu o Tucano de Ouro no FestRio-86, e que se encontra a disposição em vídeo - mas que, nos cinemas, ainda nem chegou. O mais badalado cineasta inglês da atualidade, Peter Greenway, premiadíssimo em festivais internacionais, continua inédito nos circuitos comerciais, mas um de seus melhores filmes - "O Sonho de um Arquiteto", há quase três meses já pode ser encontrado em locadoras classe A - como a Disk Tape e a Master, as duas melhores de Curitiba. De quase 150 filmes apresentados na maratona do V Festival Internacional de Cinema, Vídeo e Televisão do Rio de Janeiro (17 a 27 de novembro de 1988), menos de 30% dos programas ali vistos terão distribuição comercial nos circuitos de exibição. Em compensação, em vídeo, alguns já começarão a circular - até em cópias piratas, contrabandeadas do Exterior. Aliás, um Festival Internacional de Cinema é sempre uma (boa) oportunidade para se avaliar o panorama cinematográfico - e a mudança no comportamento do público. Dois dos filmes ali apresentados trazem cenas de sexo oral (quase) explícito, que se não chega a se completar em imagens, tem uma insinuação claríssima - mas que nem por isto provocará qualquer reação. No Criativo "A Cilada de Vênus" (Die Venusfalle), de Robert Van Ackeren - que representou a República Federal da Alemanha, a gatíssima Sonja Kirchberger (a presença mais sexy no Festival, este ano), por várias vezes ajoelha-se defronte ao personagem interpretado por Horst-Gunther Marx e mergulha no sexo oral. Já em "36 Fillette", de Catherine Breillat - recentíssima produção francesa, apresentada numa das mostras paralelas - a ninfeta Delphine Zentout, 14 anos, inferniza a vida de Olivier Parniere - dando uma de virgem depravada, que não consuma o sexo - mas, num certo momento, o satisfaz oralmente. Uma seqüência em que a insinuação é mais excitante do que um filme simplesmente pornô, como tantos e tantos que estão a disposição em vídeo. Apenas dois exemplos - entre tantos - que podem ser alinhavado para mostrar que o sexo não assusta mais. O cineasta italiano Marco Bellochio, que, aliás, fez parte do júri dos filmes de longa-metragem do FestRio-88, há dois anos, colocou a atriz Maruschka Detmers em cenas de sexo explícito na refilmagem de "O Diabo no Corpo". Então, houve alguma polêmica - hoje filmes como "A Cilada de Vênus" ou "36 Fillette" chegam normalmente. Há três anos, também a audácia de Jean Luc Godard em transformar a Virgem Maria numa frentista de um posto de gasolina em "Je Vous Sallue, Marie", provocou que até o presidente José Sarney, então iniciando o esperançoso governo na Nova República, se curvasse as pressões da CNBB e proibisse o filme. Liberado posteriormente, o distribuidor no Brasil, o mineiro Hiltom, Franco, catolicão, bilionário, que comprou a Gaummont e hoje tem na Alvorada um dos maiores circuitos do Brasil, é que não quer exibir o filme - atendendo ao pedido de sua mãe, uma devota matrona mineira. Mas a verdade é que, se lançado agora, "Je Vous Sallue Marie" não atrairia ninguém: quem queria ver já o viu, nas cópias piratas em vídeo. Pensando assim é que nem se cogitou em proibir "The Last Tentation of Christ", que Martin Scorcese realizou com coragem e sensibilidade - e que apesar de algumas ameaças e (ridículos) protestos de velhas beatas defronte aos cinemas, vem sendo apresentado sem maiores conseqüências. E para um público reduzidíssimo, o que preocupa a CIC - anteriormente preocupada com os protestos e expulsões que, segundo alguns, aconteceriam nas salas que exibissem o "blasfemo" filme. Realmente, o cinema (assim como o teatro ou a literatura) é apenas uma das demonstrações de como as coisas mudaram nesta década e meia - de tanto progresso tecnológico e no qual uma nova geração, de cabeça limpa, sem hipocrisia, conseguiu fazer com que também as gerações que a antecederam refletissem melhor em termos de preconceitos estúpidos. O sexo e a religião tem hoje novas conceituações - e a cada um cabe ver como deseja as coisas - de forma que não é proibindo um filme, uma peça de teatro, um livro ou uma canção que se muda uma geração. Ainda bem, pois após o sufoco de 20 anos de ditadura, não daria mais para continuar agüentando a intolerância e a burrice. Pena que outra censura continue: da produção cinematográfica mundial, menos de 20% - e a maioria de péssima qualidade - é que chega ao Brasil. Mas aí o buraco é mais embaixo e fica para um comentário em outra ocasião. LEGENDA FOTO - Sonja Kirchberger e Horst-Gunther Marx em "Armadilha para Vênus" (Die Venusfalle), filme que representou a Alemanha no FestRio: sexo (quase) explícito num filme de al

O IMPERIALISMO NORTE-AMERICANO – INIMIGO DOS POVOS DA AMÉRICA LATINA E DE TODO O MUNDO

A nova escalada agressiva e belicista do imperialismo norte-americano em todos os cantos do mundo, e particularmente na América Latina, constitui uma mudança de tática, com o predomínio do uso da força armada e da intervenção militar.
O mundo de nossos dias vive período agitado por comoções sociais, perturbações econômicas, choques armados, preparativos de guerra. O capitalismo revela toda a perversidade de um sistema que somente pode manter-se por mais algum tempo através da brutal espoliação dos povos, da exploração infrene da classe operária, da fabricação maciça de armamentos sofisticados, da disputa pela hegemonia mundial.

O processo inevitável de monopolização da economia, concentrada nas mãos dos grupos mais poderosos, e o desenvolvimento desigual do regime capitalista conduziram à formação de duas superpotências – os Estados Unidos e a União Soviética – que se digladiam na ânsia de vir a ser o senhor absoluto de todo o Planeta. Ambas operam nos cinco Continentes, embora tenham áreas privilegiadas de atuação nas quais se consideram forças dominantes exclusivas. Tanto uma como outra tentam esmagar a revolução, verdadeiro e grande empecilho à realização de seus planos neocolonialistas. Encontram, porém, a resistência sempre maior dos explorados que redobram a vigilância e a luta revolucionária na procura da saída libertadora.

CONTINENTE EM EBULIÇÃO REVOLUCIONÁRIA

A América Latina é uma extensa zona de controle do imperialismo norte-americano. Há cinco ou seis décadas, este imperialismo empenha-se diligentemente em submeter aos seus interesses o conjunto do Hemisfério. Os países que o compõem são formalmente independentes desde os albores do século XIX. Pouco desenvolvidos, com uma estrutura retrógrada e conservadora, foram caindo na dependência estrangeira, primeiro da Inglaterra, depois do chamado colosso do Norte. Na atualidade, atravessam uma fase duríssima de dificuldades econômicas, enfrentam crises agudas e sofrem agressões militares.

“Os Estados Unidos são os principais algozes dos povos latino-americanos. Nos anos 1960 e 1970 fomentaram os golpes militares que se sucederam do lado do Atlântico e do Pacifico. Sob sua inspiração, e comando direto, alastraram-se as ditaduras fascistas de Norte a Sul”.

Os Estados Unidos são os principais algozes dos povos latino-americanos. Nos anos 1960 e 1970 fomentaram os golpes militares que se sucederam do lado do Atlântico e do Pacifico. Sob sua inspiração, e comando direto, alastraram-se as ditaduras fascistas de Norte a Sul. Era a resposta que davam aos anseios de progresso das massas, às lutas destemidas pela democracia e a libertação nacional. Sem contar com suficiente apoio político, apelaram para os generais dos diversos países treinados nas Academias e Escolas de Guerra dos Estados Unidos, onde se incutem as idéias desnacionalizantes da propalada interdependência, as concepções do anticomunismo e do elitismo de casta. Usurpando o Poder, os regimes castrenses desbravaram o caminho à penetração das multinacionais, entregaram as riquezas naturais aos monopólios alienígenas, contraíram dívidas vultosas que escravizam as nações latino-americanas aos banqueiros da América do Norte, da Europa, do Japão.

Em contraposição a essa política antinacional e antipopular espalhou-se como labaredas sopradas por ventos de verão a revolta das massas populares. Despontaram vigorosos movimentos pela liberdade, em defesa da independência que fora alienada. Na América Central ruiu o bastião somozista e a Nicarágua livrou-se do secular opressor estrangeiro. O povo de El Salvador aproxima-se da vitória em combates heróicos contra a reação. Em toda a área do Caribe o sentimento revolucionário se manifesta intensamente. No sul do Continente, progride a luta contra os regimes militares. Os povos desta parte do mundo já não se conformam com a atitude servil de seus governantes frente ao imperialismo. A classe operária vai ocupando o seu posto de vanguarda. Ergue a bandeira do socialismo, realiza poderosas greves que se transformam em conflitos de rua de envergadura com as forças reacionárias. Os camponeses reclamam de arma em punho a posse da terra. Os patriotas em geral insurgem-se contra a vergonhosa submissão aos monopolistas estrangeiros. A América Latina se converte num Continente em plena ebulição revolucionária.

“O último ataque à pequena ilha de Granada, democrática e pacífica, que nenhum perigo pode representar para os Estados Unidos, é bem uma demonstração do grau de intolerância e agressividade da política da Casa Branca”.

Precisamente por isso, os Estados Unidos passam a uma nova fase em suas relações com esta parte da América. As fortalezas internas em que se apoiavam vão ruindo, ou desmoralizando-se, uma a uma. Chegou o momento da intervenção armada direta para manter suas posições. Tropas norte-americanas invadem países soberanos. Suas esquadras, violando preceitos do direito internacional, organizam o bloqueio dos mares que circundam as nações libertadas ou em luta por sua completa emancipação. Em Honduras, El Salvador, Nicarágua, Guatemala e outros países ativam-se forças contra-revolucionárias dirigidas pelo Estado-Maior estadunidense. O último ataque à pequena ilha de Granada, democrática e pacífica, que nenhum perigo pode representar para os Estados Unidos, é bem uma demonstração do grau de intolerância e agressividade da política da Casa Branca. Já anteriormente, os Estados Unidos colocaram-se ao lado da Inglaterra na expedição colonialista às Malvinas.

“Estamos diante de mudança de tática do imperialismo estadunidense que, agora, usa a força armada, a intervenção sem máscara em todos os lugares onde avança o movimento progressista”. 

Esta atividade belicista do país de Ronald Reagan no Continente chama a atenção de todos os patriotas e democratas latino-americanos. Estamos diante de mudança de tática do imperialismo estadunidense que, agora, usa a força armada, a intervenção sem máscara em todos os lugares onde avança o movimento progressista. Encontramo-nos em face de um novo ciclo de invasões, de guerra aberta dos Estados Unidos contra os povos deste e de outros Continentes. O antigo método de se camuflar atrás das ditaduras e das oligarquias reacionárias já não surte o efeito desejado por Washington. Elas perderam todo apoio e respeito dos povos, são tão odiadas quanto os opressores estrangeiros. Na América Latina, os militares tidos erroneamente em alguns setores sociais como salvadores da pátria, caracterizaram-se nestes últimos quinze/vinte anos como entreguistas consumados, inimigos da liberdade, serviçais do capital imperialista.

“O antigo método de se camuflar atrás das ditaduras e das oligarquias reacionárias já não surte o efeito desejado por Washington”.

Indubitavelmente, os conflitos em curso neste Hemisfério não são circunstanciais, nem se restringem ao nosso Continente. Relacionam-se com a política agressiva dos Estados Unidos no mundo inteiro.

Nos quatro cantos do mundo
O mesmo cinismo manifestado pelo governo ianque no assalto à Granada observa-se nas hostilidades desatadas nas terras dilaceradas do Líbano. Ali, ironicamente apresentadas como forças de paz, as tropas estadunidenses bombardeiam populações indefesas, matam indiscriminadamente mulheres e crianças, alvejam hospitais e escolas. Não faz muito tempo, aliadas a Israel, praticaram o genocídio de Sabra e Chatila que comoveu o mundo pela crueldade muito semelhante aos horrores do tempo do nazismo. Também na África, em companhia da França, os Estados Unidos intervêm na guerra civil do Chade. A fim de sustentar um regime reacionário e corrompido, milhares de pára-quedistas, instrutores e técnicos militares norte-americanos chegaram e entraram em ação naquele país do Continente negro.

“Atualmente há soldados americanos em quase todo o Globo. Cerca de 350 bases militares foram implantadas em numerosos países”.

Os Estados Unidos distribuem suas forças pelos quatro cantos do mundo com propósitos imperialistas. Atualmente há soldados americanos em quase todo o Globo. Cerca de 350 bases militares foram implantadas em numerosos países: Austrália, Japão, Groenlândia, Islândia, Escócia, Bermudas, Cuba, Panamá, Grã-Bretanha, Espanha, Ilha da Ascensão, Portugal, Filipinas, Coréia do Sul, Alemanha Ocidental, Madagascar, Turquia, Omã, Egito, Grécia e Itália. Além disto, há também bases não-americanas em outros muitos lugares, nos quais é garantido o livre acesso aos militares ianques. Na Iugoslávia ocorre fato sui generis: este ano 5 mil soldados dos Estados Unidos passarão ali um período de férias, como turistas. Pagarão suas despesas em dólares, o que agrada sobremaneira aos governantes locais. Estranhos turistas...

DIVERSIONISMO PROPAGANDÍSTICO

Inegavelmente, invadir nações soberanas, manter tropas em outros países não é coisa tão simples. Encontra de imediato a condenação e a repulsa dos povos. Este o motivo por que todo agressor tenta justificar suas ações militares através de propaganda enganosa. Os Estados Unidos invocam, a cada momento, o perigo da expansão soviética, cubana e até mesmo da Líbia. Dizem que são defensistas, suas tropas estariam a serviço de uma cruzada humanitária, democrática, em prol da paz ameaçada. Sua função seria preventiva. Se usam armas sofisticadas e de extermínio em massa isto seria uma necessidade para esmagar o poderio do inimigo russo, cubano e líbio emboscados em países que não os seus. Acontece que, consumado o ataque norte-americano, fácil é constatar que o tal poderio não existia, ou reduzia-se a algo de pouca significação. É certo que a União Soviética intromete-se em toda parte tratando de estender sua influência social-imperialista, inegavelmente constrói bases militares fora de suas fronteiras. Onde, porém, existem essas bases e poderio real da URSS, os Estados Unidos para lá não vão. Ao menos por enquanto. Os soldados do "Tio Sam" colocam-se em posições estratégicas e investem sobretudo contra a revolução, contra o movimento antiimperialista e democrático que floresce em muitos lugares, na América Latina em particular. Visam a derrubar governos que não se compõem politicamente com o capital financeiro estadunidense ou impedir a vitória de regimes populares. As alegações dos agressores ianques para justificar suas ações bestiais não contêm nenhum traço de verdade, são mero expediente diversionista.

Domínio mundial, o objetivo

A atividade principal do imperialismo – tem as suas raízes fincadas em Washington ou Moscou – é, na atualidade, o expansionismo, a conquista do domínio mundial. Sua estratégia, econômica e militar persegue este fim. A ela se subordinam os deslocamentos bélicos e os empreendimentos financeiros que realiza. As bases e a presença militar servem de instrumento de pressão e de controle dos países onde se instalam. Ajudam a quebrar certas resistências nacionalistas, criam condições para a dependência em relação aos Estados Unidos ou à União Soviética. É típico, aliás, o que está acontecendo na Europa. A controvérsia em torno da implantação de mísseis americanos nesse Continente não diz respeito propriamente a estabelecer equilíbrio de força entre as duas superpotências, e menos ainda tem a ver com a proteção do Ocidente. Ambos os lados, Leste ou Oeste, dispõem de armamentos em quantidades excessivas para o ataque ou a defesa em qualquer nível. Com essa medida os Estados Unidos procuram submeter a Europa Ocidental a sua influência decisiva, pôr fim à política de independência européia frente aos Estados Unidos, política defendida, durante certo tempo, pelos gaulistas franceses e social-democratas alemães. A pressão econômica, manejada no curso da profunda crise que se abate sobre o mundo, é também meio de sujeição de muitas nações.

“Exércitos poderosos das duas superpotências defrontam-se em muitos lugares, mísseis atômicos apontam em direções cruzadas, navios de combate carregando arsenais destruidores passam uns pelos outros nos sete mares. Um acidente de maior vulto em áreas de intensa competição soviético-norte-americana poderá destravar as armas de largo alcance e envolver o Planeta na maior carnificina de todos os tempos”.

Essa política de domínio mundial é o verdadeiro motivo das agressões norte-americanas na América Latina e em outras regiões. Aqui, os Estados Unidos não admitem que os povos se levantem reclamando liberdade e independência. Não consentem que se formem governos de oposição aos seus interesses.

É o que faz também em muitos outros pontos do Planeta a União Soviética.
Da acirrada disputa pelo completo domínio do mundo surge o perigo de guerra, cada dia maior. Exércitos poderosos das duas superpotências defrontam-se em muitos lugares, mísseis atômicos apontam em direções cruzadas, navios de combate carregando arsenais destruidores passam uns pelos outros nos sete mares. Um acidente de maior vulto em áreas de intensa competição soviético-norte-americana poderá destravar as armas de largo alcance e envolver o Planeta na maior carnificina de todos os tempos. Em função do quê? Da supremacia de um dos bandos, vencedor no gigantesco conflito inter-imperialista. Se é que haveria vencedor...

“A revolução germina com grande força. Nos embates que se aproximam os povos seguramente ajustarão as contas finais com os monstros insaciáveis do capitalismo moribundo”.

Certamente, o domínio do mundo por um único país é sonho de louco. Hitler alimentou tais ilusões, imaginando o império nazista dos mil anos. Os planos norte-americanos, bem como os dos soviéticos, de hegemonia mundial, jamais serão realizados. Obedecem, sem dúvida, a leis objetivas, uma vez que o monopólio é a essência mesma do desenvolvimento do capitalismo na sua última fase. Mas essas leis esboroam-se pelas próprias contradições geradas no interior do sistema imperialista. A revolução germina com grande força. Nos embates que se aproximam os povos seguramente ajustarão as contas finais com os monstros insaciáveis do capitalismo moribundo. Várias vezes os Estados Unidos tentaram esse domínio, e fracassaram. Não o conseguiram depois da Segunda Grande Guerra quando desfrutavam do monopólio atômico. Sofreram derrotas históricas na guerra da Coréia e na agressão ao Vietnã. Seus projetos malogram na América Latina: ao invés de paz dos sepulcros que pretenderam impor nestes vinte anos, revolta das massas, indignação antiamericana, ascenso revolucionário em todo o Continente.

Inevitável será a vitória dos povos. 

EDIÇÃO 7, DEZEMBRO, 1983, PÁGINAS 5, 6, 7, 8, 9, 10

casa branca venezuela

A inimiga dos presidentes dos EUA

De um endereço nobre, em Washington, ela mantém, há 25 anos, uma militância barulhenta contra a Casa Branca e as atrocidades da guerra.
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Nunca ninguém protestou tanto. Faz 25 anos que esta manifestante solitária protesta todo dia, em frente à Casa Branca, em Washington. Desde 1981, a vizinha indesejada dos presidentes levanta a voz: ‘Parem com a loucura nuclear’. Aos 60 anos de idade, a espanhola de nascimento, naturalizada americana, quer chamar atenção do mundo para o perigo das armas nucleares. A causa já não mobiliza tanta gente, mas para ela, a batalha começa de novo todo dia. Desde que ela iniciou o protesto diante da Casa Branca, quatro presidentes já ocuparam o cargo. Em uma cabana precária, ela usa uma arma que faz barulho: a voz. Todo mundo que passa por ali, houve a manifestante atacar o presidente americano. “Bush mente”, diz ela. “A Casa Branca de Bush é uma arma de destruição em massa”, completa.
Ela diz que é perigoso passar o tempo todo em uma cabana em frente à Casa Branca, mas que o maior perigo do mundo é a Casa Branca. Ela não quer mais guerra: a humanidade quer casa, trabalho, saúde e educação.
A manifestante solitária precisa obedecer às regras. “Durmo sentada, o regulamento me impede de deitar aqui. Não posso me afastar da minha base. Vivo completamente fora do sistema. Não tenho cheque, não tenho Previdência Social”, diz ela. A inimiga pública dos presidentes americanos vive da venda de panfletos, freqüenta a casa de uma amiga, de onde acessa a internet. A palavra é livre diante da Casa Branca, mas agentes vigiam discretamente os movimentos da manifestante incansável. “É uma vergonha. Em todo este tempo em frente à Casa Branca, nunca um presidente veio me ver ou mandou alguém falar comigo”, diz ela. Ao saber que a reportagem iria ao ar no Brasil, a manifestante solitária pediu para mandar uma mensagem a presidente Lula: “Minha mensagem é: não mande tropas para apoiar os EUA no Iraque”. O protesto que não acaba nunca.

flick play 2

Flick Shoot é um desses clássicos jogos de futebol de penaltis que são muito populares nos dispositivos móveis. Ele adiciona uma nova camada de profundidade à mecânica tradicional de deslizar o seu dedo no ecrã para rematar a bola.

E, no Flick Shoot, além de rematar os penaltis, também pode marcar pontapés de canto e até tentar ser o guarda-redes, parando os remates que são rematados pela inteligência artificial.

Estes três modos de jogo fazem com que seja muito divertido e diverso, apesar do único objetivo ser marcar o mais que puder com a quantidade de bolas que lhe dão. Não existem modos contra o relógio, ou algo desse género, o que teria sido divertido.

Graficamente, o Flick Shoot é muito decente. E, apesar de não conseguir superar outros títulos do mesmo género, é suficientemente bom para ser apelativo ao olho.

Flick Shoot é um jogo de desporto muito divertido que, apesar de ter alguns controlos brutos, oferece um par de novos e de alguma forma divertidos modos de jogo (pontapés de canto e pontapés de baliza).

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

viram como a base de coalisao de sarney se manifesta na tentativadedefenderos aliados causan verdadeiros vexames comocom o senador tasso que nao ficou por baixo das tentativasde renan de calar o senado.